Município registrou caso autóctone de Dengue


Em meados de abril, Dom Pedrito passou a ser considerado "infestado pelo Aedes Aegypti", alertando a população de que algumas ações deveriam ser tomadas para evitar a proliferação do mosquito, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus. O servidor público Guiomar Vargas, que atua na vigilância em saúde (epidemiológica) tem utilizado das suas próprias redes sociais para expor o problema à comunidade pedritense. O Folha conversou com Vargas, que revelou, inclusive, um caso autóctone (contraído no município) de Dengue.

Atualmente, sete focos foram confirmados e um mosquito coletado, onde, através de análise laboratorial, confirmou se tratar do Aedes Aegypti. "Começou pela praça do Chafariz, depois na Cohab, próximo ao CTG Herança Paternal (no bairro São Gregório), no bairro Santa Terezinha, próximo ao Matinho. O mosquito coletado foi próximo ao Centro", detalhou Guiomar.

O trabalho de prevenção engloba visitas, no entanto, muitas pessoas acabam não colaborando com os agentes. Um dos exemplos, em uma escola, onde algumas amostras de larvas, que estavam em tanques, foram coletadas. Para lamento dos agentes, dias depois, os mesmos tanques estavam cheios d'água, dentre outros potenciais focos.

A prioridade é visitar residências mais próximas de onde os focos foram encontrados, só após, as demais residências devem ser visitadas. "Somos cinco agentes para visitar 14.240 imóveis", salientou, no entanto, a população pode auxiliar eliminando potenciais focos, qualquer local onde acumule água parada, mesmo poças d'água podem ser locais para proliferação do mosquito.

Caso autóctone em Dom Pedrito

Guiomar confirmou ao Folha que o município registrou um caso autóctone (onde a pessoa contraí a doença na cidade). Trata-se de uma mulher de 39 anos, que ficou 50 dias internada, entre vários exames para detectar a doença - Dengue Hemorrágica, forma mais grave - pouco mais de um mês e meio após o início dos sintomas.

Para evitar novos casos, passa pela colaboração da população. O ideal, diz Guiomar, era eliminar os focos, no entanto, diversos fatores são levados em consideração, portanto, uma minimização dos focos já teria um efeito positivo.

Cobrança ao Executivo

Vargas também cobrou maior apoio da administração, salientando necessidade dos mutirões de limpeza, provendo transporte para o lixo que não é recolhido pelo serviço público - como pneus e lixo eletrônico. Também, uma maior divulgação das ações necessárias. "Se não eliminarmos o mosquito agora, depois não terá volta, vai ficar fora de controle".

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