"Estamos buscando nossos direitos. Fomos esquecidos. Vai fazer três meses que não recebemos salário, não recebemos o 13º", disse Lauro, um dos trabalhadores, complementando que a própria Corsan, a contratante, possui parcela de culpa. Lauro mencionou que foram dadas garantias de que se o pagamento dos salários não fosse feito, o contrato seria rescindido, o que não ocorreu.
A empresa não presta qualquer satisfação aos funcionários. "Queremos que eles digam alguma coisa".
Se o cronograma seguisse, a obra finalizaria em meados de março.
Além dos salários atrasados e as eminentes dificuldades no sustento das famílias, os funcionários também não podem procurar outro trabalho, tendo em vista que não foram dadas às baixas nas carteiras de trabalho.
Um dos funcionários foi desligado da empresa em outubro e, até o momento, não recebeu os valores devidos. "Fui retirado da empresa e até agora não recebi a rescisão. Não conseguimos contato com eles".
Eles cobram uma resposta sobre o que será feito, além de receber os salários e demais vencimentos atrasados.
Obra orçada em mais de R$ 3 milhões e que deveria ter sido concluída em 2018, foi pivô de diversas reclamações dos moradores dos bairros Sagrada Face, Santa Maria e Vila Argeny, devido às escavações realizadas e que dificultavam a trafegabilidade de veículos e o trânsito de pedestres.
De acordo com Lazie Oliveira, gerente interino da Corsan, a demanda foi tratada nesta segunda-feira, em reunião realizada na Superintendência Regional do Pampa (Surpa), onde foi dito que os pagamentos para a empreiteira estão em dia. É sabido dos problemas enfrentados pela empresa executora e que a obra está parada, portanto, ela foi notificada e deverá responder à Corsan, no primeiro momento.
A reportagem tentou contato com a empresa executora via telefone, mas não fomos atendidos.
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