A Polícia, através da DECRAB/Bagé estava investigando, desde o mês de junho, inclusive com utilização de várias ferramentas tecnológicas de investigação, uma organização criminosa especializada em furto abigeato e com atuação na região da campanha. O processo, ainda sigiloso, corre na comarca de Dom Pedrito.
O bando costumava furtar animais bovinos e ovinos vivos e posteriormente abater em abatedouros clandestinos, sem as mínimas condições de higiene. A carne depois era comercializada para a população. No domingo, dia 13, quatro investigados por integrarem o esquema criminoso já haviam sido presos por abate clandestino e comércio de carne imprópria para o consumo humano.
As investigações continuaram e nesta quarta-feira (23) os três abigeatários, que furtavam animais e depois levavam para os abatedouros clandestinos foram presos saindo de uma propriedade rural localizada na Serrilhada, próximo a divisa dos municípios de Bagé e Dom Pedrito, com duas ovelhas furtadas.
Dois homens foram até a propriedade rural da vítima em um veiculo Citroen e pegaram os animais. Um membro da quadrilha havia sido contratado pela vítima na data de ontem para trabalhar no local, e nesta quarta iniciava seus furtos. Ocorre que a DECRAB já estava monitorando os passos do bando e uma equipe estava de prontidão na frente da propriedade. Logo após os investigados saírem para estrada foram abordados e presos. Após os policiais foram até a sede da Estância e efetuaram a prisão do funcionário também.
Os animais, que tinham marca e sinal da vítima, foram restituídos.
A operação leva o nome de Bento Rengo porque a investigação teve início após um furto ocorrido na localidade de mesmo nome, no município de Dom Pedrito. Com as prisões do dia 13 e as desta quarta o trabalho contabiliza 7 prisões em flagrante de investigados.
Conforme o delegado André de Matos Mendes, titular da DECRAB, outros crimes foram identificados pelo bando no curso das investigações e cerca de oito pessoas deverão ser indiciadas pelos crimes de organização criminosa, abigeato, receptação de animais furtados, abate clandestino e comércio de carne imprópria para o consumo humano.
A DECRAB/Bagé reforça seu compromisso em defesa dos produtores, bem como a população em geral. Sabidamente o comércio clandestino de carne, além de trazer inúmeros malefícios para a saúde das pessoas, pela falta de higiene dos abatedouros ilegais, também fomenta, em muito, o crime de abigeato.
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