Se virar lei, a iniciativa permitirá que as famílias beneficiárias recebam, a cada dois meses, o valor correspondente a pelo menos 50% do preço médio nacional de revenda do botijão de 13 kg. O programa, segundo o texto, terá duração de 5 anos.
Conforme o projeto, terão direito ao benefício:
1) famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional; ou
2) famílias que tenham entre os integrantes residentes no mesmo endereço quem receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A proposta original previa que o valor a ser repassado a cada dois meses seria de 40% do preço médio do botijão. Relator do texto, o senador Marcelo Castro elevou o percentual para o mínimo de 50%.
Ainda conforme a proposta:
— o pagamento do voucher para compra de gás será feito preferencialmente à mulher chefe de família;
— o governo poderá utilizar a estrutura do Bolsa Família, ou de programa que vier a substituí-lo, para operacionalizar os pagamentos dos benefícios.
Verba
Conforme o projeto aprovado, os recursos para o custeio do programa sairão:
— dos dividendos (parte dos lucros) pagos pela Petrobras à União;
— dos bônus de assinatura das rodadas de licitação de blocos para a exploração e produção de petróleo e gás natural, ressalvadas as parcelas eventualmente destinadas à Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural (PPSA) e aos estados, Distrito Federal e municípios;
— de parcela da União referente ao valor dos royalties de petróleo e gás natural;
— de receita pela venda de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos destinada à União;
— de outros recursos previstos no Orçamento da União.
De acordo com cálculos feitos pelo relator, a despesa anual com o programa será de cerca de R$ 4 bilhões.
Inicialmente, a proposta de Eduardo Braga previa custear o programa com o aumento da alíquota da Cide incidente sobre combustíveis, mas houve resistência porque a medida poderia provocar um aumento do preço da gasolina, que já está em patamar elevado.
“Considerando todos os aumentos do preço da gasolina ocorridos nos últimos meses, não seria justo com a população impor um aumento adicional da alíquota da Cide incidente sobre esse combustível”, declarou Castro.
0 Comentários