A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do
Sul (Federarroz) divulgou uma nota explicativa sobre os desafios enfrentados
pelos produtores de arroz na safra 2023/2024. Segundo a entidade, os produtores
gaúchos, responsáveis por mais de 70% da produção brasileira de arroz,
enfrentaram dificuldades significativas durante o desenvolvimento da safra, mas
reiteraram o compromisso de garantir a segurança alimentar do povo brasileiro.
Segundo a entidade, conforme destacado pelas notícias
divulgadas, a queda da produtividade das lavouras do Estado, na safra
2023/2024, ao que tudo indica, será ainda maior que as projeções efetuadas no
início e ao longo deste período. “A afirmação decorre do fato de que as
primeiras lavouras colhidas no Estado vêm, corroborando as expectativas dessa
entidade, apresentando produtividade de até mil quilos a menos por hectare em
relação à última safra, situação que revela indicativos de confirmação de produção
aquém das projeções iniciais realizadas por diversos agentes do setor, públicos
e privados”, destaca o comunicado.
A entidade ainda se manifesta lembrando que as lavouras que
serão colhidas nos meses de abril e, possivelmente, em maio, revelam tendência
de produtividade ainda menor, tendo em vista que cerca de 30% da safra do
Estado foi plantada fora do período ideal, situação que reverterá,
inquestionavelmente, na queda, ainda maior, dos números finais da safra
2023/2024. “Desse modo, a par dos inúmeros desafios enfrentados pelos
produtores e da referida garantia da segurança alimentar, vale ressaltar que os
fatos acima comprovam os fundamentos elementares de mercado, no sentido de que
existem robustos indicativos de que os valores de venda do cereal pelos
produtores, ao longo da safra 2023/2024, deverão se efetivar em patamares aptos
a cobrir o elevado custo de produção da cultura, mantendo patamares das últimas
safras, situação fundamental para a economia do Estado, na medida em que mantém
os produtores na atividade”, observa a nota.
O comunicado da Federarroz lembra ainda que, tendo em vista
que os números de produção, importação e passagem de estoque revelam a garantia
da segurança alimentar dos consumidores brasileiros, indica que os produtores
devem estar atentos às oportunidades de negócios referentes à exportação que
seguem surgindo, vez que pertinente a manutenção de mercados consumidores
internacionais duramente abertos nos últimos anos, fato que foi imprescindível
para organização do setor e que não pode deixar de ser abastecido pela produção
gaúcha. “A Federarroz, assim, demonstra, mais uma vez, que segue imbuída na sua
missão de adotar medidas aptas a viabilizar a produção de arroz no Estado, de
modo a ofertar ao povo brasileiro acesso à alimentação de qualidade, saudável e
produzida com respeito ao meio ambiente, sendo uma das culturas que mais
emprega no país”, conclui o comunicado da entidade.
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