Desde segunda-feira (9) qualidade do ar em Dom Pedrito tem sido motivo de alerta devido aos altos níveis de poluição, com o índice de qualidade do ar (AQI) atingindo 157, considerado “não saudável”. O principal poluente detectado na atmosfera é o PM2.5, que se encontra 13 vezes acima do valor recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados são da organização Suíça IQAir e estão disponíveis para consulta.
As partículas PM2.5 são extremamente finas, com um diâmetro de 2,5 micrômetros ou menos, o que permite que penetrem profundamente nos pulmões e entrem na corrente sanguínea. Elas são produzidas por fontes como queimadas, poluição industrial e veículos movidos a combustíveis fósseis. A atual situação é agravada por correntes de vento que trazem a fumaça das queimadas na Amazônia, Pantanal e países vizinhos, como Paraguai e Bolívia.
Orientações
- Hidratação: aumente a ingestão de água para manter as vias respiratórias úmidas.
- Redução da exposição: evite atividades ao ar livre em horários de alta poluição e mantenha portas e janelas fechadas.
- Uso de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. Enquanto o uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população;
- Atividades físicas: evite exercícios físicos em períodos de elevada concentração de poluentes.
- Orientações a grupos vulneráveis: crianças, idosos e gestantes devem estar atentos a sintomas respiratórios e buscar atendimento médico imediatamente se necessário.
Poluição é fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis
A OMS reconhece que a poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). No Brasil, as queimadas e os incêndios florestais são importantes fontes de poluição atmosférica e contribuem para a emissão de poluentes atmosféricos, resultando na exposição humana com efeitos diretos e indiretos na saúde, meio ambiente e oferta de serviços de saúde. Grupos populacionais mais suscetíveis como crianças, idosos, gestantes, indivíduos com doenças cardiorrespiratórias, de baixo nível socioeconômico e de trabalhadores ao ar livre podem estar sob maior risco de apresentarem algum efeito na saúde relacionado à poluição do ar.
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