De passagem por Porto Alegre, o chefe do Executivo pedritense, Diego da Rosa Cruz, o Guiga, acompanhado pela vice-prefeita Luciane Moura, e pelo vereador Patrício Antunes estiveram ontem (14) no Tribunal de Contas do Estado (TC) para solicitar agilidade nos trâmites que envolvem a obra da Barragem do Taquarembó, embargada após o TC realizar um apontamento questionando a utilização de alguns materiais específicos na construção da barragem, como areia ao invés de pó de brita, que seria considerado mais barato.
Os dados, segundo o vereador Patrício Antunes, não condizem com a nossa realidade. “Aqui a areia é mais barata. Mas é uma questão normal nesses processos, então, feito esse apontamento, o Estado argumentou o que havia sido pontuado pelo Tribunal de Contas em 2024. Até agora o TC não respondeu o Estado quanto aquele apontamento, e isso tá gerando uma demora muito grande”, explicou Antunes em conversa com a reportagem do Folha na manhã desta quarta-feira (15).
O vereador destacou que a equipe foi recebida, na capital, pela assessora do conselheiro Edson Brum, responsável pelo processo. “Ela nos prometeu agilidade. Acredito que, nos próximos dias, o Ministério Público encaminhe essa manifestação e assim, tão logo eles a recebam, a encaminhem para a definição dos conselheiros. Serão três responsáveis pela análise desse processo. Estamos ansiosos para que venha logo essa decisão e a obra tenha início de uma vez”, finalizou.
A Barragem
Construída em concreto, com barramento de 350 metros de comprimento por 34 metros de altura, a barragem tem capacidade de armazenamento de 116 milhões de metros cúbicos de água em um lago de 1,7 mil hectares — suficientes para irrigar 50 mil hectares.
Iniciadas em 2009, as obras da Barragem Taquarembó foram paralisadas em 2017, com aproximadamente 60% do trabalho concluído, por problemas contratuais com a então empresa responsável pelo projeto. Em setembro de 2023, foi publicado um novo edital para a retomada das obras, no qual a Sultepa foi contemplada.
O contrato com a empresa foi assinado pelo governador Eduardo Leite em abril do ano passado. A Sultepa também é responsável pela obra da Barragem do Jaguari, entre São Gabriel e Lavras do Sul.
Demanda antiga de Dom Pedrito, a finalização da barragem é fundamental, pois contribuirá com a irrigação de diversas culturas - como a pecuária, agricultura, fruticultura, piscicultura e aquicultura -, além de abastecer a população local, promover a geração de empregos e fomentar estímulos ao turismo e lazer em toda a Região da Campanha.
Conforme divulgado pelo Folha no ano passado, o prazo para conclusão da barragem é de 21 meses a partir da retomada dos trabalhos.
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